Trabalhadores dos Correios caminham em Natal durante o terceiro dia de greve
Trabalhadores e trabalhadoras caminharam na Avenida Hermes da Fonseca em protesto contra o projeto de privatização do governo, na manhã desta sexta-feira (13)
Publicado: 13 Setembro, 2019 - 13h32 | Última modificação: 13 Setembro, 2019 - 13h55
Escrito por: Bruna Torres
Trabalhadoras e trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos caminharam pela Avenida Hermes da Fonseca, na manhã desta sexta-feira (13), em atividade de mobilização pelo terceiro dia de greve nacional contra o projeto de privatização da empresa, proposto por Jair Bolsonaro (PSL). A caminhada contou com a força do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa dos Correios (Sintect-RN), agentes da firma e apoiadores.
A atividade terminou com falas e assembleia na calçada do Shopping Midway, em que os sindicalistas tiraram a próxima mobilização para a próxima segunda-feira (16), no mesmo local, às 9h. Os discursos no fim do ato serviram para dialogar com a população que passava pelo cruzamento sobre a importância em defender o Correios.
De acordo com Shampoo, presidente do Sintect-RN, essa greve será a maior da categoria na história dos últimos governos. Além disso, "os Correios é a primeira estatal que está enfrentando o governo adverso. A Greve está forte nos grandes centros, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília'', declarou o presidente. Por fim, ele complementou que a paralisação é "pela garantia do nosso emprego, para defender uma empresa nossa e 100% pública", disse.
Em entrevista ao Jornal Brasil de Fato, Ronaldo Martins, presidente do Sintect do Rio de Janeiro ressaltou a importância que a empresa tem para o país. “Este ano, os Correios completaram 356 anos de vida, vem desde o Brasil Colônia. Já participamos de campanha de amamentação, vacinação, entrega de livros escolares, urnas eletrônicas… E os Correios estão em todos os municípios do Brasil, no Amazonas, no Chuí, existe uma agência e um servidor. Emprega 105 mil trabalhadores de forma direta, é a maior empregadora do país, e logo nesse momento de crise de emprego grande, surge uma proposta de privatizar empresa e retirar direitos”, declarou.
O companheiro Marcos Antônio Santana, mais conhecido como Marquinhos, que é de outra categoria, esteve presente em apoio aos trabalhadores dos Correios. “Nós, enquanto Central Única dos Trabalhadores, entendemos a necessidade dessa unidade porque o governo neofacista de Bolsonaro já indicava, desde sua campanha, quem seria o alvo dele. E o alvo somos nós, trabalhadores e trabalhadoras”, declarou.