Escrito por: ADURN
A decisão pela continuidade do movimento foi aprovada em assembleia que contou com a participação de mais de 340 docentes. Bolsistas fazem assembleia nesta quinta-feira(25)
Após um longo debate, os(as) docentes também rejeitaram a proposta apresentada pelo Governo Federal na 4ª Reunião da Mesa Específica e Temporária da Área da Educação, que aconteceu no último dia 19.
A decisão pela continuidade do movimento grevista foi aprovada em assembleia do Sindicato dos Docentes da UFRN (Adurn), nesta quarta (24) que contou com mais de 340 docentes. Os servidores técnico-administrativos da instituição, em paralisação desde o dia 14 de março, também decidiram pela continuidade da greve, em assembleia geral .
O entendimento da categoria é de que, apesar de apresentar algum avanço, a proposta pode ser melhorada. Para o presidente do ADURN-Sindicato, Oswaldo Negrão, o movimento grevista está cumprido um importante papel, no sentido de pressionar o Governo Federal nas negociações.
Os professores e professoras ainda aprovaram que o comando de greve docente faça uma nova solicitação à reitoria pela suspensão do calendário acadêmico. Nesta quinta-feira (25), a categoria deve se unir ao alunado em ato promovido pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) para pedir essa suspensão. A manifestação acontecerá às 14h, no pátio da reitoria da UFRN.
Parte dos encaminhamentos sugeridos durante a atividade foram encaminhados ao comando de greve docente, tais como: a ampliação do comando; uma moção de apoio à luta dos argentinos em favor da Educação pública, rumo a uma greve latino-americana; notas em resposta aos posicionamentos e orientações da administração da UFRN; apoio à luta dos bolsistas, pelo aumento das bolsas e pelo direito ao exercício da greve; e uma nota à comunidade acadêmica.
A CUT, publicou nota em defesa da legitimidade da Greve, onde solicita ao governo federal que retome o diálogo com as entidades dos servidores e construa uma saída para o atual impasse, buscando soluções que atendam minimamente às necessidades dos servidores e das servidoras.
Greve dos servidores federais
A mobilização dos professores e técnicos administrativos da UFRN faz parte de um movimento nacional de luta pela educação. O movimento paredista rejeita o reajuste salarial zero para 2024, pede a reestruturação da carreira dos Técnicos Administrativos em Educação (TAEs) e docentes e ainda o “revogaço” das medidas prejudiciais à educação federal aprovadas nos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro. Junto com os estudantes, os servidores reivindicam também a recomposição orçamentária das instituições de ensino superior.
O calendário completo de mobilização pode ser acessado aqui.