RN: Professores da rede estadual rejeitam proposta do Governo para pagamento do Piso
Segundo os professores, o Governo tenta um parcelamento como alternativa para resolver o a questão do reajuste do piso do magistério estadual
Publicado: 18 Março, 2025 - 14h58 | Última modificação: 18 Março, 2025 - 15h42
Escrito por: Concita Alves

Em assembleia da rede estadual de educação realizada em Natal, nesta segunda-feira (17) na escola Estadual Winston Churchill, a categoria rejeitou por unanimidade a proposta do governo do estado, apresentada na audiência com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (SINTE-RN), por entender que não existe avanço no que foi colocado pelo governo em relação ao parcelamento do piso.
A audiência aconteceu antes da assembleia e reuniu Socorro Batista (Secretária de Educação), Pedro Lopes (Secretário de Administração), dirigentes do Sinte-RN e a comissão de trabalhadores. Na ocasião, o Governo sugeriu implementar 4,0% em abril e 2,27% no mês de dezembro. Entretanto, a categoria rechaça qualquer parcelamento.
Segundo os professores, o Governo do Estado prometeu apresentar formalmente uma proposta para o Piso Salarial de 2025 durante audiência marcada para sexta-feira (21). Essa formalização deve ocorrer após estudo da equipe financeira, afirmou o Executivo estadual durante audiência nesta segunda-feira (17).
Contudo, com a derrubada da ação pelo STF, a PGE deve respeitar a hierarquia jurídica e se posicionar conforme a decisão superior”, afirma o sindicato.
Sobre o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos funcionários da educação, o secretário Pedro Lopes teria informado que, durante o processo de negociação, será apresentado um cronograma para a retomada do Projeto de Lei que trata do tema, mas não sinalizou prazos para a sua apresentação.
De acordo com a categoria, a sinalização de avanço se deu em relação a situação dos professores temporários. O Governo anunciou que publicará um decreto para viabilizar o pagamento do passivo desses profissionais, referente ao décimo terceiro salário e ao terço de férias. Também está em estudo, em conjunto com a PGE, uma correção legal para os contratos temporários vigentes.
A rede estadual realiza nova assembleia na segunda-feira (24) para avaliar o movimento e encaminhamento.Na assembleia, a categoria atualizou o calendário de lutas.