Escrito por: Concita Alves
Durante todo o mês, eventos e paradas no Brasil, celebram as vitórias históricas e reforçam a luta em defesa da garantia dos direitos da comunidade
A data visibiliza às lutas da população contra a discriminação, por igualdade e por respeito não só na sociedade, mas, em especial, no mundo do trabalho. O Brasil apresenta índices assustadores de violência contra a população LGBTQIA+, sendo um dos países que mais mata lésbicas, gays, bissexuais e, em especial, travestis e pessoas trans.
Segundo o Atlas da violência, a falta de dados, e de intervenções estatais pela promoção de direitos LGBTQI+, tende a aprofundar a vulnerabilidade de tal população à violência, especialmente de seu subgrupo mais vulnerável, constituído de pessoas jovens e negras LGBTQI+. No último "Dossiê Assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras", de 2021, pelo menos 140 (cento de quarenta) assassinatos de pessoas trans, sendo 135 (cento e trinta e cinco) travestis e mulheres transexuais, e 05 (cinco) casos de homens trans e pessoas transmasculinas.(ANTRA)
Os números fazem com que o país ainda seja um dos mais violentos contra LGBTQIA+´s no mundo.De acordo com o Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTQIA+, com dados levantados pelo Grupo Gay da Bahia, 273 pessoas dessa população morreram, somente em 2022. Foram 228 assassinatos, 30 suicídios e 15 de outras causas.
No Rio Grande do Norte, o governo do estado com o apoio dos movimentos, realiza uma semana atividades, que culmina com a assinatura de termo de políticas públicas de combate à LGBTfobia. As atividades tiveram início nesta segunda-feira (26) e seguem até 4 de julho.
Na abertura do evento, na segunda feira (27) foi realizada a entrega do Prêmio ZEZO – do orgulho LGBT Potiguar, no Teatro Alberto Maranhão, com o objetivo homenagear nomes do segmento LGBTI+. Entre os grupos de homenageados, apoiadores da causa, mandatos populares, gestores, artistas e os ativistas da causa no estado, em es destaque Jaqueline Brasil e Wilson Dantas.
A luta pela visibilidade não é somente contra a violência. É também pelo reconhecimento e garantia de direitos a essas pessoas. Entre os 700 acordos firmados por sindicatos em todo o país, esta pauta está inclusa em suas negociações. A CUT tem atuado de forma efetiva por meio de seus sindicatos na defesa de direitos da população LGBTQIA+
Cartilha de Inclusão e Direitos de Pessoas Trans
Produzida em parceria com o escritório LBS Advogadas e Advogados, que presta assessoria jurídica à CUT, a Cartilha de Inclusãoe Direitos de pessoas Trans já está disponível e traz um vasto material sobre o tema.O objetivo é promover orientação sobre quais são os direitos das pessoas trans e como efetivá-los no dia a dia de maneira simples e prática, garantindo sua inclusão na vida civil para que tenham mais segurança em exercer seus direitos.
Almanaque LGBQTIA+
Produzido em 2021, o material que traz um rico conteúdo que visa ampliar o debate sobre questões importantes como diversidade, preconceito, saúde e trabalho.