RN: Após sete dias, fracassa movimento que questiona a legitimidade das urnas
Extrema direita tenta tumultuar questionando os resultados da eleição presidencial com atos antidemocráticos pelo país, fortalecidos por empresários e deputados eleitos
Publicado: 08 Novembro, 2022 - 13h03 | Última modificação: 08 Novembro, 2022 - 18h37
Escrito por: Concita Alves | Editado por: Marize Muniz
Desde que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou a vitória do ex-presidente Lula (PT) nas eleições, no domingo (30), manifestantes de extrema direita ligados ao candidato derrotado, o presidente Jair Bolsonaro (PL), começaram a bloquear estradas ou se aglomerar em frente a quartéis do Exército questionando o resultado das urnas.
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Com pauta e ações antidemocrática, eles pedem intervenção militar e, quando finalmente a Polícia Rodoviária Federal (PRF), chefiada por um bolsonarista, decidiu agir e acabar com as manifestações, os extremistas atiraram e agrediram os agentes com barras de ferro e outros objetivos pesados.
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No Rio Grande do Norte, a PRF dispersou um grupo de manifestantes que tentava bloquear o trânsito na BR 101 na entrada da capital potiguar, na segunda feira do dia (31). Desde a dispersão, o número de participantes tem diminuído e se concentrado na Avenida Hermes da Fonseca, em frente ao Batalhão do Exército, causando transtornos aos que precisam trafegar nas proximidades.
Mesmo políticos eleitos várias vezes por meio da urnas eletrônicas, como o cearense General Girão (PL), hipocritamente, questionam o sistema, mas não suas eleições.
Defensor de pautas extremistas e reeleito para o segundo mandato como deputado federal pelo RN, ele tem publicado nas redes sociais, reiteradas vezes, sua indignação com os resultados e com o que chama de “ditadura do Judiciário”. É claro que ele apoia os atos antidemocráticos em favor de Bolsonaro.
Para o deputado, os atos são “indagações totalmente claras e que merecem uma resposta legal ou anulação do pleito”. Por fim, disse em tom de ameaça que “a mochila e o coturno estão prontos!”.
Girão critica o trabalho da imprensa, a quem chama de ‘mídia marrom’, e sugeriu que as Forças Armadas interviessem no processo eleitoral. O deputado também questiona as medidas determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), que já deixou claro que as manifestações são feitas por criminosos que serão levados à Justiça para pagar pelos crimes.
'Manifestantes antidemocráticos serão tratados como criminosos', diz Moraes
Nas redes sociais, moradores e pessoas que trabalham nas proximidades do Batalhão 16 RI do Exército, em Natal, reclamam do barulho e da retenção do tráfego de veículos. A estrutura montada pelos apoiadores de Bolsonaro(PL) para manter ativa a manifestação conta com estrutura de tendas e caixas com água mineral.