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Pagamento do 13º salário de 2019 colocará R$ 214,6 bilhões na economia do país

Publicado: 06 Novembro, 2019 - 13h27 | Última modificação: 07 Novembro, 2019 - 12h18

Escrito por: Dieese

Agência Brasil
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Durante toda a corrida presidencial do ano passado, Jair Bolsonaro e seu vice, Mourão, ameaçaram acabar com o décimo terceiro. Mourão por exemplo comparou o décimo terceiro com uma ''jabuticada'' . Essas ameaças foram continuadas ainda depois da posse com declarações neoliberais e mentiras sobre o 13º, alegando prejuizo para o empresariado e outras falácias. 

E é nesse sentido que o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou uma pesquisa sobre a importância econômica que o décimo terceiro trás para o Brasil. 

Confira abaixo a pesquisa divulgada pelo Diesse

Até dezembro de 2019, o pagamento do 13º salário deve injetar na economia brasileira mais de R$ 214 bilhões. Este montante representa aproximadamente 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e será pago aos trabalhadores do mercado formal, inclusive aos empregados domésticos; aos beneficiários da Previdência Social e aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados e municípios. Cerca de 81 milhões de brasileiros serão beneficiados com rendimento adicional, em média, de R$ 2.451. As estimativas são do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
 
Para o cálculo, foram reunidos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho (hoje, parcialmente incorporado ao Ministério da Economia). Também foram
consideradas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Previdência Social e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
 
No caso da Rais, o DIEESE considerou todos os assalariados com carteira assinada, empregados no mercado formal, nos setores privado e público (celetistas ou estatutários), que trabalhavam em dezembro de 2018, e o saldo do Caged de 2019 (até setembro, com ajuste). Da
Pnad foi utilizado o contingente estimado de empregados domésticos com registro em carteira.
 
Foram considerados ainda os beneficiários (aposentados e pensionistas) que, em julho de 2019, recebiam proventos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), do Regime Próprio da União e dos estados e municípios. Para esses dois últimos, entretanto, não foi obtido o número de beneficiários. Para os assalariados, o rendimento foi atualizado pela variação média do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - IBGE) entre janeiro e setembro de 2019 sobre igual período de 2018.
 
Para o cálculo do impacto do pagamento do 13º salário, o DIEESE não leva em conta trabalhadores autônomos, assalariados sem carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de trabalho que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de
ano, uma vez que esses dados são de difícil mensuração.