O Grito dos Excluídos levou as ruas do RN a indignação da classe trabalhadora
Nas ruas do estado o Grito dos Excluídos questionou o sentido da independência e protestou contra o fascismo e pelo fim do governo Bolsonaro
Publicado: 08 Setembro, 2022 - 08h45 | Última modificação: 08 Setembro, 2022 - 09h48
Escrito por: Concita Alves
Há 28 anos o Grito dos Excluídos clama por melhores condições de vida no Brasil e no ano do bicentenário da Independência os trabalhadores questionam o sentido da independência. Nesse dia várias cidades brasileiras sairam as ruas para protestar por moradia digna, por condições de vida, contra as várias formas de exclusão, a fome e pelo fim do Governo Bolsonaro.
No Rio Grande Norte, as cidades de Natal e Mossoró realizaram grandes mobilizações após os desfiles cívicos militares denunciando injustiças na construção da soberania nacional e negligências do governo Bolsonaro.
Em Natal, o Grito iniciou às 9h, e foi organizado por entidades estudantis, movimentos sociais, populares, eclesiasias e centrais sindicais, com concentração na Praça Augusto Severo, em frente ao Teatro Alberto Maranhão e caminhou até a praia do meio.
Em Mossoró, a mobilização começou logo cedo no entorno do Ginásio Pedro Ciarline, e após o desfile das forças militares e escolas, foi a vez dos movimentos ocuparem a avenida com o Grito dos Exluídos. As centrais sindicais entre elas a CUT, movimentos sociais, mst e artistas caminharam pela Avenida Rio Branco com cartazes, bandeiras e palavras de ordem contra a situação que os trabalhadores tem enfrentado com o Governo Bolsonaro e a sua política de retirada de direitos e exclusão.
A CUT-RN, esteve nas ruas de Mossoró através do presidente Jocelino Dantas, secretários e diretores junto as diversas categorias de sindicalistas e trabalhadores, entre eles, os da enfermagem que protestaram contra a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu o piso da categoria.
Desde a primeira edição do Grito, a luta contra a fome sempre esteve no centro do debate. Após 28 anos, e com o Brasil de volta ao “Mapa da Fome” em 2021, sob o governo de Bolsonaro, o direito à alimentação digna, regular, de qualidade e em quantidade suficiente continua a ser reivindicado.