Escrito por: Redação CUT RN
CUT RN cobra respostas do governo estadual, uma vez que comércio será reaberto apenas em diálogo com setor patronal.
A pandemia do novo Corona vírus no Brasil continua num ritmo ascendente, trazendo estagnação econômica e aumento do desemprego, fome e miséria, em todo o país. No Rio Grande do Norte, se atingiu a marca de mil mortes pela covid-19 nesta segunda-feira, 29.
A construção de saídas junto com a classe trabalhadora que assegurem a vida, a renda e a democracia é sem dúvida, a grande tarefa da Central Única dos Trabalhadores nesta conjuntura. Por isso, resgatar valores anticapitalistas, de esquerda, como a solidariedade e liberdade e organizar uma narrativa de unidade dos movimentos, centrais e entidades progressistas para a defesa da vida, dos salários, do emprego e da democracia são essenciais.
Nosso apelo e união é em defesa da vida, ameaçada pela descoordenação do governo federal no combate à pandemia do novo Corona vírus, agravando a já crítica situação sanitária e econômica, implicando mais sofrimento a trabalhadoras e trabalhadores, às populações vulneráveis e inviabilizando a sobrevivência de empreendedores, em especial micro e pequenos empresários. No entanto, a retomada do comércio agora não é a solução para a crise que vivemos.
No RN, a curva de contaminação da doença ainda não estagnou e a taxa de leitos ocupadas ainda é superior a 90%, conforme dados da própria Secretaria de Saúde Estadual. Desde já, nós reconhecemos a importância das medidas tomadas pelo estado, como a abertura de 402 leitos de UTI; as medidas de isolamento social e o direito de ficar em casa; as campanhas do Pacto pela Vida, além da transparência constante sobre as ações tomadas. Contudo, o cenário como mencionado acima, ainda não é o ideal para reabertura do comércio.
A CUT RN entende que as medidas de rompimento gradual do isolamento social são perigosas principalmente para os mais vulneráveis, nós trabalhadores. Por isso, estamos em apelo à governadora Fátima Bezerra, para que dialogue com os representantes da classe trabalhadora sobre esse processo e que a retomada do comércio não seja atendida apenas pela pressão oriunda da classe patronal. Uma vez que as centrais sindicais não foram chamadas para o diálogo e, mais uma vez, o governo cedeu ao empresariado.
Além disso, nosso apelo é para que haja garantias legais de que os empregos da nossa classe estejam assegurados, assim como o direito de permanecer resguardado e resguardada enquanto não houver taxa de diminuição da curva de contaminação. Por fim, estamos abertos para a construção de um acordo que atenda também demandas e necessidades da classe trabalhadora, pensando na preservação da saúde coletiva e de nossas vidas.