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Natal: Wendel Lagartixa, acusado de triplo homicídio, é solto para fazer campanha

Ministério Público denuncia, TRE defere e Justiça manda soltar policial acusado de triplo homicídio em Natal

Publicado: 16 Setembro, 2022 - 11h38 | Última modificação: 16 Setembro, 2022 - 12h25

Escrito por: Concita Alves | Editado por: Marize Muniz

Reprodução Instagran
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O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) denunciou, na quarta-feira (14), o policial reformado Wendel Fagner Cortez de Almeida, conhecido como “Wendel Lagartixa”, e mais três pessoas pelo assassinato de Yago Lucena Ferreira, Rommenigge Camilo dos Santos e Felipe Antoniere Araújo, mas nesta quinta-feira (15), a Justiça revogou as prisões temporárias e liderou os acusados.

Segundo o juiz do caso, José Armando Dias, “não havia requisitos suficientes para transformar a prisão temporária em preventiva, conforme solicitação do MPRN”.

Wendel Lagartixa agora está livre para fazer, nas ruas e não por atrás das grades, sua campanha a deputado estadual pelo Partido Liberal (PL), de Jair Bolsonaro e Rogério Marinho. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RN) já havia deferido a candidatura de Lagartixa na terça-feira (13), enquanto ele ainda estava preso.  

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público, as vítimas do triplo homicídio foram mortas a tiros, dentro de um bar, em abril deste ano, no bairro da Redinha, na Zona Norte de Natal (RN). Os acusados, um policial militar da ativa, dois ex-policiais militares e um quarto indivíduo, são apontados como membros de um grupo de extermínio. Eles ainda tentaram assassinar mais três outros homens que estavam no local.

Segundo as investigações da Polícia Civil, o ajudante de cozinha Yago Lucena Ferreira e o ajudante de pedreiro Felipe Antoniere Araújo foram mortos por “queima de arquivo”, porque testemunharam a morte de Rommenigge Camilo dos Santos, alvo principal do grupo criminoso.

Além dos quatro denunciados, o MPRN aponta que um quinto criminoso também participou das mortes, mas ele ainda não foi identificado. As execuções duraram cerca de 27 segundos, segundo o que foi registrado pelas câmeras de segurança do bar onde o crime ocorreu. Os assassinos ainda trocaram de roupas e de carro logo após as mortes, na tentativa de dificultar as investigações.