Escrito por: Concita Alves
No Rio Grande do Norte o "Grito dos Excluídos" vai acontecer em Natal e em Mossoró.
Ao longo desses 200 anos de independência, o grito dos excluídos vem questionar: “Independência para quem”?
Há 28 anos o Grito dos Excluídos clama por melhores condições de vida no Brasil. O evento ocorre paralelamente ao desfile militar, contra as várias formas de exclusão em várias cidades do país, e é organizado por movimentos sociais, populares, religiosos e de trabalhadores, entre eles a CUT.
Em 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil, a ação coletiva tem como objetivo denunciar injustiças na construção da soberania nacional e negligências do governo Bolsonaro.
Em Natal, o Grito está previsto para iniciar às 9h, com concentração na Praça Augusto Severo, em frente ao Teatro Alberto Maranhão , na Ribeira.
"Nos temos a necessidade desse ato em Natal, pois devido a escalada de perdas promovidas pelo governo brasileiro e as ameaças que o estado de liberdade e a democracia vem sofrendo no país, precisamos da à resposta, colocando o povo nas ruas". Raquel Rocha, Estudante de Ciências Sociais UFRN/ Coord. de Inovação Tecnologica do DCE e do Movimento Correnteza.
Em Mossoró, está programado uma grande mobilização com a participação das centrais sindicais e moviemntos, a partir das 7h, no Ginásio Poliesportivo Pedro Ciarlini. Desde a primeira edição do Grito, a luta contra a fome sempre esteve no centro do debate. Após 28 anos, e com o Brasil de volta ao “Mapa da Fome” em 2021, sob o governo de Bolsonaro, o direito à alimentação digna, regular, de qualidade e em quantidade suficiente continua a ser reivindicado.
"As reformas da Previdência e Trabalhista prejudicou a vida de toda a população brasileira. Fragilizou a saúde dos trabalhadores e de sua familia. Não podemos nos calar. As questões sociais são urgentes visto que alcança a população brasileira e levaram o país de volta ao mapa da fome, depois de vários anos. A fome é uma dor. O Grito dos Excluídos é sobre o retorno de nossos direitos e contra as reformas trabalhistas que não trouxeram nennhum benefícios para classe trabalhadora, o grito é contra o feminicídio e a violência que aflora . O grito é contra o racismo e o desemprego. O grito é por justiça".Raimunda Soares, sindicalista e Direção Estadual da CUT.