Escrito por: Redação CUT RN
O preço do gás de cozinha ultrapassou os R$ 100 em Natal, em alguns lugares o preço chega a R$105, sendo o maior já registrado na história.
Esse aumento explosivo nos preços aconteceu durante o governo Bolsonaro e a política econômica do ministro Paulo Gueges, ao longo dos últimos meses. Ao todo, são 54% de alta só nessa gestão.
O aumento absurdo está atrelado aos valores na Petróbras, distrbuição e venda, ao contrário do que afirmam algumas fake news que circulam no Whats App, dizendo que o aumento é referente ao ICMS, uma alíquota estadual. No entanto, o governo do RN já se prontificou em desfazer essa afirmação e alegou que mais de 80% do valor do gás corresponde aos impostos federais.
Com esse preço abusivo, quem sofre são os trabalhadores e trabalhadoras que em meio a pandemia, acompanharam o custo de vida subir consideravelmente e o desemprego também, e ainda continuam com um auxílio emergencial no valor de R$ 150.
A manicure Fernanda da Silva Pires de 43 anos, moradora do Grajaú, Zona Sul de São Paulo, é uma dessas brasileiras. Com 43 anos, ela cuida sozinha do filho de seis anos de idade, mora nos fundos da casa de sua mãe, e com os cerca de R$ 500 de renda que consegue “em meses bons”, vê a condição de vida definhar a cada mês.
“Sobrar dinheiro para poder sobreviver é difícil. Aumentou o gás agora. Mas o preço do arroz, do óleo, da comida em geral, também. Tudo aumentou. Até os materiais que uso no trabalho. Uma caixinha de luvas que custava R$ 20, agora tá R$ 65”, diz Nandinha, como é conhecida na comunidade, sobre o alto custo de vida.
“Um mês eu compro comida, outro mês o gás, outro mês o material que uso no trabalho e vou me policiando para economizar em tudo. No fim, a gente fica sem esperança porque quer dar também um mínimo de agrado para o filho e não pode”, ela lamenta.