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Faltando 3 dias para o Enem, Eliane Bandeira vê as provas como "atentado à justiça"

"Se você não dá condições iguais de preparo, e isso nunca foi dado, manter o calendário de provas do Enem é atentar contra a justiça, ferir a democracia e gerar mais desigualdade", declarou a presidenta

Publicado: 14 Janeiro, 2021 - 14h39 | Última modificação: 14 Janeiro, 2021 - 15h10

Escrito por: Redação CUT RN

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Guia do Estudante

Faltando três dias para a primeira fase do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a Central Única dos Trabalhadores do RN se junta aos movimentos sociais para pressionar pelo adiamento da prova em todo o Brasil. A mantição do calendário, diante da pandemia, é colocar em risco a vida de milhões de pessoas e ignorar a desigualdade social e econômica dos estudantes. 

Sem se importar com a segurança dos profissionais de educação que aplicarão o exame e dos 5.783.357 estudantes inscritos, o MEC declarou que "estão preparados para realização com medidas sanitárias", ignorando a segunda onda de covid-19. 

As aplicações das provas impressas estão marcadas para os dias 17 e 24 de janeiro. A diferença é que neste ano também haverá a modalidade digital, que deve ocorrer em 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Para isso, foram disponibilizadas 101 mil vagas do Enem digital.

Os locais das provas vão receber os computadores onde serão aplicados os exames, que serão mais de 5 horas de prova em ambiente fechado, além de aglomeração na entrada e saída dos locais do Enem, contrariando as medidas de segurança colocada pela Organização Muncial de Saúde.  

Às vésperas da prova, a hashtag do "AdiaEnem" voltou a circular nas redes, lançada em maio de 2020 pela União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) juntamente com alunos e parte população, que resultou em uma grande mobilização virtual com debates, lives e twitaços, numa tentativa de fazer pressão ao Ministério da Educação. 

No entanto, o pronunciamento do governo é sobre manter as datas, mesmo com a média móvel de casos de Covid voltou a batendo recorde no Brasil e nenhum estado apresentando queda nas mortes há 5 dias, segundo o consórcio de veículos da imprensa. 

Segundo Eliane Bandeira, presidenta da CUT/RN e professora, não é somente o risco de saúde que as pessoas irão se subemeterem "mas sim, colocar em risco o sonho da universidade púbica e federal de milhões de estudante, especialmente de escolas públicas", disse.

Se você não dá condições iguais de preparo, e isso nunca foi dado, manter o calendário de provas do Enem é atentar contra a justiça, ferir a democracia e gerar mais desigualdade. Concluiu Eliane.