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Docentes da UFRN realizam plebiscito e decidem por indicativo de greve no dia 22/4

Em todo o país os servidores cobram reajuste salarial e a reestruturação das carreiras do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT)

Publicado: 17 Abril, 2024 - 10h39 | Última modificação: 17 Abril, 2024 - 11h45

Escrito por: ADURN

FOTO: ADURN
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A partir da próxima segunda-feira (22), professores e professoras da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) entram em greve por tempo indeterminado.

A decisão é resultado de um plebiscito histórico, que contou com a participação de 1.820 dos 2.396 docentes aptos a votar, realizada nos dias 15 e 16 de abril, através do site do ADURN-Sindicato. A consulta registrou 62,52% dos votos favoráveis e 34,06% dos votos contrários à deflagração da greve. Se abstiveram na votação 3,40% dos participantes.

Nesta quarta(17), os servidores federais realizam uma marcha em Brasília para cobrar do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) um reajuste salarial ainda neste ano. A mobilização acontece em meio a uma greve dos trabalhadores da rede de ensino federal, onde cerca de 51 universidades federais e 79 institutos estão em campanha salarial.

FOTO: ADURNFOTO: ADURN

Para o presidente do ADURN-Sindicato, Oswaldo Negrão, a participação histórica da categoria representa a vitória da democracia. Negrão destacou que “o ADURN-Sindicato encaminhou o indicativo, construiu o plebiscito e fez valer o voto de todos e todas as professoras e professores da ativa. Durante todo o processo de construção desse movimento, o ADURN-Sindicato privilegiou a escuta de sua base”, afirmou.

Além da consulta, duas assembleias e encontros com docentes dos campi do interior foram realizados, com o objetivo de ouvir aqueles e aquelas que são representadas(os) pela entidade. “A participação massiva dos e das docentes, sem dúvidas, traz um grande peso à greve que será deflagrada no próximo dia 22 de abril, por tempo indeterminado. O ADURN-Sindicato saúda os professores e professoras que participaram desse momento histórico, em que o plebiscito se confirma como a instância mais democrática o possível para decisões dessa magnitude” , reforçou Oswaldo.

o Conselho de Representantes do ADURN-Sindicato se reúne, nesta quarta(17), na sede da entidade para dar os encaminhamentos necessários para a deflagração da greve.“O próximo passo é criar junto com o Conselho o nosso comando de greve para notificar a reitoria a respeito da decisão da categoria”, explicou o presidente do ADURN-Sindicato, Oswaldo Negrão.

Os(as) docentes possuem reivindicações em duas frentes. Com o conjunto dos servidores públicos federais, pleiteiam reajuste salarial linear de 7,06% em 2024, 7,06% em 2025, e 7,06% em 2026, totalizando 22,8%. Já a demanda específica da categoria é, principalmente, a reestruturação das carreiras do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT). Na proposta de reestruturação, encaminhada pelo PROIFES-Federação, Os reajustes propostos são: 9,39% em 2024, 6,82% em 2025 e 6,82% em 2026, totalizando 23,03%.