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CUT-RN publica nota de repúdio às agressões sofridas por moto entregador em Natal

O moto entregador se recusou a subir com lanche até o apartamento e foi agredido, imobilizado por professor praticante de Jiu-jitsu

Publicado: 19 Fevereiro, 2025 - 11h39 | Última modificação: 19 Fevereiro, 2025 - 11h59

Escrito por: Concita Alves

Foto: Reprodução
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A CUT/RN expressa seu total repúdio à agressão violenta e covarde cometida pelo professor Victor Anderson contra o moto entregador Jonny Davis Barbosa do Nascimento.

O caso aconteceu no sábado (15\2) no bairro de Lagoa Nova, zona sul de Natal, após o entregador se recusar a subir no edifício para entregar a encomenda, porque segundo o mesmo, o pacote com o pedido estava muito pesado, além do mais, é direito do entregador, deixar a encomenda na portaria. Irritado, o agressor atacou e imobilizou o motoboy. O fato mobilizou a categoria de entregadores na capital potiguar, que diante da situação(vídeos circulam nas redes) procuraram a polícia para fazer um boletim de ocorrência. Ontem a tarde(17), a categoria realizou um ato na frente do condomínio.

O IFRN, onde o professor trabalha, soltou nota afirmando que acompanha os fatos e que o caso será analisado pela Comissão de Ética da instituição. Além do afastamento das funções no IFRN, o agressor foi suspenso da academia de jiu-jítsu Equipo Kimura, onde treinava. Em comunicado oficial, a academia afirmou que ele nunca exerceu função de professor, sócio, lutador ou atleta profissional de jiu-jítsu, sendo apenas um aluno matriculado há anos.

A CUT é contra todas as violências e assédios que alcançam a classe trabalhadora em sua jornada de trabalho e vida, práticas intoleráveis que ferem os princípios fundamentais de justiça, respeito e igualdade. Nenhum(a) trabalhador(a) deve sofrer intimidação, humilhação ou violência no exercício de sua profissão. Infelizmente, ainda vivemos em uma sociedade onde muitas categorias enfrentam essas situações diariamente.

Reafirmamos nosso compromisso na defesa de direitos e com a luta dos trabalhadores(as)por um mundo do trabalho livre de assédio e violência, onde todos, todas e todes possam exercer suas funções com segurança, respeito e dignidade.