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CUT lança nota sobre Reforma Sindical

Sérgio Nobre, atual presidente da CUT nacional, lança nota sobre a proposta de Reforma Sindical

Publicado: 21 Outubro, 2019 - 14h38 | Última modificação: 21 Outubro, 2019 - 14h41

Escrito por: Redação CUT

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Sérgio Nobre, atual presidente da CUT nacional

A Central Única dos Trabalhadores considera inoportuno o debate sobre a reforma sindical desencadeado com a apresentação no Congresso da PEC 171/2019. A prioridade do país é combater a política do atual governo que aprofunda a grave crise econômica, social e política na qual estamos sendo mergulhados.


A economia continua patinando e não oferece resposta ao desemprego que se mantém em patamares inaceitáveis. A classe trabalhadora arca com ônus da crise, através do rebaixamento do salário e renda, da retirada de direitos, da precarização do trabalho e da destruição de políticas públicas vitais como saúde, educação e segurança. Assistimos a um verdadeiro genocídio da população negra nas periferias das grandes cidades, aumenta de forma assustadora a violência contra as mulheres, enquanto o Brasil volta, depois de muitos anos, a integrar o mapa da fome.


A violação de direitos fundamentais e a manipulação de processos judiciais, com o objetivo de perseguir opositores e inviabilizar sua participação política, a disseminação do ódio e a criminalização dos movimentos sociais, além da imposição da censura e de valores conservadores, ameaçam a democracia e nos colocam diante de um verdadeiro retrocesso civilizatório.


A privatização das empresas estatais, a entrega de nossas riquezas e recursos naturais a empresas estrangeiras, o afrouxamento das normas protetoras do meio ambiente colocam em risco o patrimônio e a soberania nacional. Esses são os principais temas da agenda política que a CUT quer colocar no centro do debate com a sociedade brasileira. É essa a crise que temos que enfrentar e reverter, através da mobilização da classe trabalhadora.


A anunciada reforma sindical do governo tem como objetivo nos desviar desse caminho, pulverizar e fragilizar a organização sindical e a negociação coletiva, impedindo que o sindicato seja um instrumento efetivo dos trabalhadores e trabalhadoras na defesa dos seus interesses imediatos e históricos. Será combatida com igual rigor pela CUT.

Sergio Nobre
Presidente da CUT