Escrito por: Concita Alves
O estado tem o desafio de "exportar" essa energia renovável para o mundo e discutir como associar a transição energética global ao desenvolvimento social.
A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), participou nessa quarta (16), de dois painéis na 27ª Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), em Sharm el-Sheikh, no Egito, e discursou sobre o pioneirismo do estado na produção de energias limpas no país.
Convidada para integrar a comitiva brasileira da COP27 pelo Instituto Alziras, Fátima participou dos painéis: “Mulheres na Liderança da Transição Justa” e “Mudando os Caminhos do Desenvolvimento”. Em sua fala destacou os projetos de implantação de parques eólicos no mar, da construção de um porto voltado à indústria das energias renováveis no estado e sobre diversificar os tipos de energia limpa produzida.
Logo cedo, a governadora do RN esteve ao lado de Luiz Inácio lula da Silva(PT), presidente eleito do Brasil, na leitura da Carta da Amazônia, com demais governadores presentes.
O protagonismo do Nordeste em energias renováveis e do Rio Grande do Norte em transição energética para energia eólica, bem como o compromisso com o desenvolvimento sustentável e a participação das mulheres na política e gestão pública, foram determinantes para o convite à governadora Fátima Bezerra(PT) participar da COP-27 das Nações Unidas.
Fátima afirmou que o Nordeste representa atualmente cerca de 70% da produção de energia renovável no Brasil e destacou que dos 805 parques instalados no país, 700 estão na região.
"Nesse contexto o Rio Grande do Norte se destaca como líder da produção de energia eólica no Brasil, quando dos parques instalados no Nordeste, 220 estão no Rio Grande do Norte. Ao longo dos últimos 10 anos o Rio Grande do Norte tem se mantido firme na liderança da produção de energia eólica e nos preparando agora para um novo desafio dentro desse contexto da agenda imperiosa, imprescindível, da transição energética. Estamos nos preparando para diversificar essa matriz energética, com a energia offshore, no mar", afirmou Fátima.
O Rio Grande do Norte é conhecido pelo seu potencial eólico com 218 parques, e tem se destacado na geração de fonte solar, em especial na Geração Distribuída(GD) fotovotaíca, onde todas as 167 cidades já contam com essa tecnologia. O Estado deve atingir a marca de mais de 12 GW de potência instalada até o final de 2025, o equivalente a capacidade instalada da Usina de Itaipu, maior hidrelétrica em operação no Brasil, responsável por 10% da energia consumida no País.
A energia renovável é um sistema interligado e depende da infraestrutura, tendo como desafio o deslocamento para implementar e transportar essa energia. A aposta do estado em GD fotovoltaica, tem sido implementada através de projetos para instalação em equipamentos públicos, como escolas, universidades e instalações de segurança.