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Cesta básica em Natal fecha em R$ 354, registrando uma queda de 7,04% no valor

Entre julho e agosto, o preço médio da cesta de alimentos em Natal teve variação negativa de -7,04%. O preço da cesta ficou em R$ 354,44, foi o terceiro menor preço registrado entre as 17 capitais pesquisadas.

Publicado: 05 Setembro, 2019 - 15h19 | Última modificação: 05 Setembro, 2019 - 15h40

Escrito por: Redação CUT/RN e Dieese

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Cesta básica em Natal fecha em R$ 354 registrando uma queda de 7,04% no preço

Entre julho e agosto, o preço médio da cesta de alimentos em Natal teve variação negativa de -7,04%. O preço da cesta ficou em R$ 354,44, foi o terceiro menor preço registrado entre as 17 capitais pesquisadas. Em 12 meses, a variação acumulada foi de 5,61%. Nos oito primeiros meses de 2019, ficou em 3,82%.

Dez produtos apresentaram redução de preço entre julho e agosto: tomate (-34,63%), feijão carioquinha (-8,40%), farinha de mandioca (-3,54%), café em pó (-1,61%), manteiga (-1,51%), carne bovina de primeira (-1,32%), leite integral (-1,30%), arroz agulhinha (-1,23%), pão francês (-0,54%) e açúcar (-0,40%). Para o óleo de soja e da banana, as variações foram positivas com 0,53% e 0,27% respectivamente.

Em 12 meses, nove itens acumularam alta: feijão carioquinha (39,06%), tomate (37,70%), açúcar (7,83%), arroz agulhinha (6,16%), pão francês (4,87%), manteiga (2,92%), carne bovina de primeira (2,67%), óleo de soja (2,41%) e banana (1,16%). As taxas acumuladas foram negativas para a farinha de mandioca (-20,74%), leite integral (-13,44%) e café em pó (-5,99%).

O trabalhador natalense cuja remuneração equivale ao salário mínimo necessitou cumprir jornada de trabalho de 78 horas e 08 minutos, em agosto de 2019, para comprar a cesta. Em julho, o tempo necessário foi de 84 horas e 03 minutos. Já em agosto de 2018, a jornada média era de 77 horas e 23 minutos.

Em agosto de 2019, o custo da cesta em Natal comprometeu 38,60% do salário mínimo líquido (após os descontos previdenciários), percentual menor que o de julho (41,53%). Em agosto de 2018, equivalia a 38,24%.


Comparação a outras capitais

Em agosto de 2019, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) em 17 capitas, o custo do conjunto de alimentos essenciais diminuiu em todas as cidades que fazem parte do levantamento, pelo segundo mês consecutivo. As quedas mais expressivas ocorreram em Natal (-7,04%), Fortaleza (-6,96%), Aracaju (-6,11%) e Salvador (-5,78%).

A capital com a cesta mais cara foi São Paulo (R$ 481,44), seguida de Porto Alegre (R$ 469,17), Florianópolis (R$ 464,24) e Rio de Janeiro (R$ 462,24). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 337,96) e Salvador (R$ 350,75). Em 12 meses, entre agosto de 2018 e o mesmo mês de 2019, com exceção de Aracaju (-2,02%), todas as capitais acumularam alta, que oscilaram entre 5,61%, em Natal, e 13,40%, em Curitiba. Nos primeiros oito meses de 2019, 12 municípios pesquisados acumularam aumento, com destaque para Vitória (9,34%), João Pessoa (6,56%) e Recife (6,19%).

Outras cinco cidades tiveram taxa negativa, com destaque para Aracaju (-5,80%). Com base na cesta mais cara que, em agosto, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em agosto de 2019, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 4.044,58, ou 4,05 vezes o mínimo de R$ 998,00. Em julho de 2019, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 4.143,55, ou 4,15 vezes o mínimo vigente. Já em agosto de 2018, o valor necessário foi de R$ 3.636,04, ou 3,81 vezes o salário mínimo, que era de R$ 954,00.