Cesta básica em Natal fecha em R$ 341, segundo menor valor do Brasil
Publicado: 11 Novembro, 2019 - 12h58 | Última modificação: 11 Novembro, 2019 - 13h21
Escrito por: Redação CUT/RN e Dieese RN
Em outubro, o preço médio da cesta de alimentos em Natal ficou em R$ 341,90, o que significou redução (-3,03%) em relação ao valor de setembro. Entre as 17 capitais pesquisadas, a capital potiguar registrou o segundo menor preço. Em 12 meses, a variação acumulada foi de 3,64%. Nos 10 primeiros meses de 2019, ficou em 0,15%.
Oito produtos apresentaram redução de preço entre setembro e outubro: tomate (-16,98%), banana (-11,31%), feijão carioquinha (-3,02%), açúcar refinado (-2,97%), leite (-2,08%), farinha de mandioca (-1,72%), manteiga (-0,87%) e arroz agulhinha (-0,62%). O
preço do pão francês se manteve estável. Os demais itens tiveram elevação no valor: café em pó (3,20%), óleo de soja (2,73%) e carne bovina de primeira (0,54%).
Em 12 meses, os oito itens que tiveram alta acumulada foram: feijão carioquinha (34,32%), banana (23,49%), óleo de soja (11,89%), arroz agulhinha (6,16%), açúcar refinado (6,02%), manteiga (5,59%), carne bovina de primeira (3,23%) e pão francês (2,89%). As taxas desse período foram negativas para: o leite integral (-11,94%), farinha de mandioca (-10,89%), café em pó (-6,16%) e tomate (-5,71%).
O trabalhador natalense cuja remuneração equivale ao salário mínimo necessitou cumprir jornada de trabalho de 75 horas e 22 minutos, em outubro de 2019, para comprar a cesta. Em setembro, o tempo necessário foi de 77 horas e 43 minutos. Já em outubro de
2018, a jornada média era de 76 horas e 05 minutos.
Variação da cesta tem comportamento distinto entre as capitais
Entre setembro e outubro de 2019, o custo do conjunto de alimentos essenciais aumentou em nove cidades e diminuiu em oito, de acordo com a Pesquisa Nacional da cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) em 17 capitais. As altas mais expressivas foram registradas em Brasília (5,21%), Campo Grande (3,10%) e Goiânia (1,12%). As quedas mais importantes foram observadas em Natal (-3,03%) e João Pessoa (-2,34%).
A capital com a cesta mais cara foi São Paulo (R$ 473,59), seguida por Porto Alegre (R$ 463,24), Rio de Janeiro (R$ 462,57) e Florianópolis (R$ 458,28). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 325,01) e Natal (R$ 341,90).
Em 12 meses, entre outubro de 2018 e o mesmo mês de 2019, com exceção de Aracaju (-5,11%) e Fortaleza (-1,58%), todas as capitais acumularam alta, que oscilaram entre 1,76%, em Florianópolis, e 10,62%, em Goiânia. Em 2019, 10 municípios pesquisados tiveram taxas positivas, com destaque para Vitória (6,06%) e Recife (5,57%). Outras sete cidades mostraram redução, a mais expressiva em Aracaju (-9,40%).
Com base na cesta mais cara que, em outubro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação,
moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em outubro de 2019, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.978,63, ou 3,99 vezes o mínimo de R$ 998,00. Em setembro de 2019, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 3.980,82, ou 3,99 vezes o mínimo vigente. Já em outubro de 2018, o valor necessário foi de R$ 3.783,39, ou 3,97 vezes o salário mínimo, que era de R$ 954,00.