Alunas e servidores realizam Ato contra Assédio moral e sexual na Universidade
Em ato estudantes cobram atitude da instituição diante das denúncias de diferentes casos de assédio que vem ocorrendo dentro da UFRN
Publicado: 26 Julho, 2022 - 15h18 | Última modificação: 30 Julho, 2022 - 10h06
Escrito por: Concita Alves
Nesta terça-feira (26), durante a primeira reunião do ano do Conselho Universitário – CONSUNI, órgão máximo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que agrega funções normativas, deliberativas e de planejamento, aconteceu Ato para pressionar os membros do conselho sobre os casos de assédios sexual e moral que vem sendo denunciado por alunos e servidores da instituição
Na última quinta (21) O Diretório Central dos Estudantes – DCE usou suas redes para informar o caso de uma aluna, que chegou à Ouvidoria, por ter perdido a bolsa do coral Madrigal, coro mais antigo do Rio Grande do Norte, criado em 1966, em virtude dos processos sofridos por assédio.
Segundo os relatos, vários participantes do coral Madrigal estariam incomodados com a situação, mas o grupo permanece em silêncio. Entre eles, duas vozes resolveram colocar luz e amplificar o que acontece nos ensaios.
O Ato foi organizado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), em parceria com a União Nacional dos Estudantes (UNE) e cobrou uma atitude enfática da instituição frente aos casos, e questionou o corporativismo da mesma, que estaria ignorando as denúncias de assédio sexual e moral por alunos e servidores.
Diante da quantidade assustadora de relatos que vem acontecendo na instituição, o DCE convocou ato público nessa manhã para denunciar publicamente a situação e cobrar um posicionamento mais enfático da instituição.
Nas falas das estudantes era possível observar o desapontamento com as posturas da instituição. Mas, além dos relatos, o que causou revolta entre os participantes foi o fato do ex-reitor José Ivonildo do Rêgo pedir a palavra para amenizar e defender o relatório que inocentou um professor do Instituto Metrópole Digital (IMD), acusado de assédio sexual por uma servidora que, havia feito uma fala diante dos Conselheiros, minutos antes.
Esse caso aconteceu em 2018 e a ex-servidora do IMD contou que fez a denúncia em 2021, logo depois de uma campanha da Controladoria Geral da União veiculada, também, pela própria UFRN. A campanha estimulava servidores e estudantes a denunciar casos de assédio moral e sexual.
Em nota divulgada, o DCE aponta para a situação insustentável que se arrasta há anos, e convoca todas e todos a lutar por uma política efetiva de acolhimento às vítimas, investigação e punição aos assediadores na UFRN.
A CUT-RN, esteve presente ao ato simbólico, através de Gildênia Freire, Secretária Estadual de Mulheres, na perspectiva de fortalecer a ação e de combater a violência promovida por assédios na vida das mulheres.